Professor Titular e Chefe do Departamento de Engenharia de Produção da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP), sendo docente da USP desde 1982.

Coordenador do Curso de Especialização em Administração Industrial (CEAI) da Fundação Vanzolini. Professor convidado nos programas de MBA da Fundação Instituto de Administração (FIA). Pós-doutor em Economia e Administração de Empresas pela Università Ca’ Foscari di Venezia (Itália), foi professor convidado de Supply Chain Management (sourcing & purcharsing) e de Quality Management no International Master in Industrial Management, no Politecnico di Milano (Itália), a convite da Comissão Europeia. Foi pesquisador visitante na Universidade de Aachen (Alemanha), Werkzeugmaschinenlabor (WZL), Rheinisch-Westfälische Technische Hochschule (RWTH).

Autor e organizador dos livros Redes de cooperação produtiva e clusters regionais: oportunidades para as pequenas e médias empresas (Atlas, 2000), Manufatura classe mundial: conceitos, estratégias e aplicações (Atlas, 2001), Redes entre organizações: domínio do conhecimento e da eficácia operacional (Atlas, 2005), Gestão de sistemas locais de produção e inovação (clusters / APLs): um modelo de referência (Atlas, 2009), Sustentabilidade & Produção: teoria e prática para uma gestão sustentável (Atlas, 2011), Gestão estratégica de fornecedores e contratos: uma visão integrada (Saraiva, 2014) e A era do ecobusiness: criando negócios sustentáveis (Manole, 2015).

Coordenador do núcleo de pesquisa Redes de Cooperação e Gestão do Conhecimento (REDECOOP), é líder do grupo de pesquisa Economia da Produção e Engenharia Financeira (EPEF), membro do conselho deliberativo do Center for Organization Studies e pesquisador sênior do Núcleo de Política e Gestão Tecnológica da Universidade de São Paulo (NPGT/ USP).

Possui cerca de 200 artigos completos publicados em anais de eventos acadêmicos e periódicos científicos brasileiros e estrangeiros, tendo apresentado suas pesquisas em diversos países, tais como Estados Unidos, Canadá, Portugal, Espanha, Itália, França, Alemanha, Inglaterra, Irlanda, Suécia, Escócia, Hungria, Turquia, Japão, México e Brasil, entre outros.

Seus principais temas de pesquisa são: redes de cooperação produtiva; aglomerações de empresas; organizações virtuais; clusters regionais; arranjos produtivos locais (APLs); sistemas locais de produção e inovação (SLPIs); pequenas e médias empresas (PMEs); cadeias produtivas; inovação tecnológica; indústria aeronáutica, automobilística e de semicondutores; organização industrial; sustentabilidade na cadeia produtiva ; gestão de fornecedores.

Consultor organizacional e palestrante, atuou profissionalmente em funções de gerência e de assessoria econômica em instituições como Unibanco, Correios e Colgate-Palmolive, além da Secretaria de Planejamento da Prefeitura de São Paulo,

tendo coordenado cursos e pesquisas, ministrado treinamentos e desenvolvido consultoria para organizações como Pão de Açúcar, Faber Castell, Ford, Itaú, Caixa, Petrobrás, Unilever, Mercedes Benz, Rede Globo, Roche, SAP, Vale, Vivo, Telefônica, Voith, Deloitte, Siemens, Metso, Embraer e Thyssenkrupp, entre outras.

Coordenou ou participou de projetos de pesquisa financiados por instituições públicas e privadas, como Comissão Europeia, Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS), Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA), Booz Allen Hamilton Consulting e Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), entre outras.

Tem mais de 100 orientações (teses de doutorado, dissertações de mestrado, monografias de especialização e trabalhos de formatura de graduação) e mais de 250 participações em bancas examinadoras em universidades estrangeiras (Politecnico di Milano, Itália; Royal Institute of Technology, Suécia) e nas principais universidades do país (POLI-USP, FEA-USP, EAESP-FGV, EESC-USP, UFSCar, UTFPR, UNICAMP, UNIMEP, Mackenzie, UFSC, etc.).

Palestras:

1. Gestão sustentável

A sustentabilidade por toda a empresa, como estratégia transversal e vantagem competitiva perene. Uma gestão sustentável é capaz de integrar uma série de setores e departamentos, das finanças e do marketing aos recursos humanos, à pesquisa e à inovação, abrindo-se para a sociedade na busca da competição baseada em novos patamares de consumo e produção de bens e serviços. Diversos conceitos são abordados com vistas a implementar um novo paradigma de gestão: ecoinovação, ecoeficiência, sustentabilidade na cadeia produtiva (green supply chain management), logística reversa, avaliação do ciclo de vida (ACV), produção mais limpa, ecobussiness e mercados verdes, entre outros. Especificamente sobre o tema da produção e gestão da sustentabilidade, João Amato Neto já apresentou e publicou artigos em anais e periódicos científicos de Portugal, Inglaterra, França, Estados Unidos e Brasil.

2. A estratégia das redes de cooperação: cooperar para competir

Um dos pioneiros no estudo do tema das redes de cooperação no Brasil traz para suas palestras o resultado de décadas de pesquisas sobre o tema financiadas por diversas instituições nacionais e internacionais, como União Europeia, FAPESP, FIESP e Booz Allen. O enfoque das redes de cooperação produtiva como estratégia de competição empresarial pode ser adaptado às mais diversas organizações, públicas, privadas e do terceiro setor. O capital cultural, a formação de alianças estratégias, dos arranjos produtivos locais de pequenas e médias empresas às redes de fornecedores globais, e às redes virtuais de pesquisa e inovação são fatores determinantes na estruturação de parcerias nas quais a economia dos custos de transação e a formação de eficiências coletivas são claras.

3. Parcerias para o sucesso e arranjos locais

Os arranjos cooperativos, os clusters regionais, os arranjos produtivos locais (APLs) e os sistemas locais de produção e inovação (SLPIs) são formas organizacionais que envolvem empresas, governos e instituições do terceiro setor. O palestrante é um dos pioneiros no estudo do tema no Brasil, há duas décadas, e enfoca o desenvolvimento dessas aglomerações como política de desenvolvimento local e geração de renda e como estratégia de desenvolvimento de pequenas e médias empresas.

4. Gestão de fornecedores classe mundial: redes, sustentabilidade e virtualidade (e-supply chain management)

Professor convidado de Supply Chain Management no International Master in Industrial Engineering, no Politecnico di Milano, Italia, o palestrante tem pesquisado o tema há mais de duas décadas e sobre ele publicado em diversos países, bem como

vem coordenando cursos e consultorias para grandes empresas dos diversos setores econômicos. Sobre o tema, publicou artigo no prestiago Journal of Networking and Virtual Organizations. Nesta palestra, o foco são as mais avançadas formas de gestão da cadeia de valor e de suprimentos: 1) as redes de fornecimento, que implicam a subcontratação em nível local ou global (globalsourcing); 2) a gestão sustentável da cadeia de suprimentos (green supply chain management); 3) a gestão virtual da cadeia de suprimento e a presença de organizações e empresas virtuais (e supply chain management / ebusiness).

5. Inovação: paradigmas e estratégias de sucesso

A partir do estudo da inovação tanto em pequenas empresas localizadas em sistemas locais de produção e inovação (SLPIs) quanto em grandes empresas dos setores automobilístico, aeronáutico, de semicondutores e TV digital, o palestrante desenvolve uma abordagem da economia da inovação e das formas organizacionais de reforço à inovação, como as redes de cooperação com instituições científicas e tecnológicas. O clima organizacional propício à inovação, suas novas formas, como a ecoinovação, dentre outros temas, são aprofundados com a expertise de quem já coordenou grandes projetos de pesquisa para empresas (como a Rede Globo e a Booz Allen Consunting) e instituições de pesquisa (como FINEP e BNDES)..

6. Empreendedorismo em rede e ecoempreendedorismo

A formação de redes de cooperação produtiva permite às pequenas empresas ocuparem novos nichos de mercado com vantagens estratégicas em termos de custos, riscos e alocação de competências. Das redes virtuais globais aos sistemas locais de produção e inovação (SLPIs), são muitas as estratégias organizacionais que permitem a geração de novos negócios, notadamente em setores emergentes, como a logística reversa e a produção de bens e serviços ambientalmente qualificados.

7. Podemos aprender as alegrias do trabalho?

Além da experiência acadêmica internacional e de três décadas lecionadas na Universidade de São Paulo (USP), inclusive em funções de direção, o palestrante acumula uma longa experiência dentro do mundo corporativo, seja na gerência da produção, seja na assessoria econômica ou, ainda, em consultorias sobre diversas áreas da gestão. Essa experiência, conjugada a reflexões sobre a psicodinâmica do trabalho, a ergonomia, a sustentabilidade e a criatividade, permite um desenho vivo das dificuldades na gestão com pessoas (motivação, liderança, trabalho em equipe, clima organizacional, gestão participativa) nas empresas com diferentes perfis organizacionais.

8. Qualidade: do cotidiano empresarial ao resultado para o cliente

Consultor de grandes empresas em políticas de qualidade e pesquisador do tema há duas décadas, o palestrante realizou qualificação no Japão, em 1990, sobre os métodos japoneses de gestão e foi professor convidado de Quality Management no International Master in Industrial Engineering, no Politecnico di Milano, Italia. A abordagem da qualidade requer a conjugação da dimensão interna dos processos de criação e produção de bens e serviços com a visão do cliente. A qualidade em serviços e a qualidade em produtos demanda formas de gestão continuada e transdepartamental, conjugando-se à inovação e à certificação para o fornecimento a outras empresas na cadeia de suprimentos.

9. Da qualidade à sustentabilidade: a mudança dos paradigmas de gestão

A sustentabilidade é a nova qualidade. Não obstante continuem relevantes, os métodos e conceitos de gestão da qualidade necessitam ser atualizados e qualificados ambientalmente. Da busca da qualidade por toda a empresa precisamos saltar qualitativamente para a busca da sustentabilidade por toda a empresa e para todas as empresas de uma mesma cadeia de valor. A expertise internacional do palestrante em ambos os temas (qualidade e sustentabilidade) permite um desenho eficaz das mudanças demandadas para a gestão sustentável.