Carlos Alberto Libânio Christo O.P., conhecido como Frei Betto, (Belo Horizonte, 25 de agosto de 1944) é um escritor e religioso dominicano brasileiro, filho do jornalista Antônio Carlos Vieira Christo e da escritora e culinarista Stella Libânio.
Adepto da Teologia da Libertação, é militante de movimentos pastorais e sociais, tendo ocupado a função de assessor especial de Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República, entre 2003 e 2004. Foi coordenador de Mobilização Social do programa Fome Zero. Além de amigo pessoal de Luís Inácio Lula da Silva e de Leonardo Boff, é padrinho da filha de Chico Buarque e do filho do deputado Vicentinho, ex-presidente da CUT.
Esteve preso por duas vezes sob a ditadura militar: em 1964, por 15 dias; e entre 1969-1973. Após cumprir 4 anos de prisão, teve sua sentença reduzida pelo STF para 2 anos. Sua experiência na prisão está relatada no livro Batismo de Sangue, traduzido na França e na Itália. O livro descreve os bastidores do regime militar, a participação dos frades dominicanos na resistência à ditadura, a morte de Carlos Marighella e as torturas sofridas por Frei Tito. O livro foi transposto para o cinema em filme homônimo, lançado em 2006 e dirigido por Helvecio Ratton.
Recebeu vários prêmios por sua atuação em prol dos direitos humanos e a favor dos movimentos populares. Assessorou vários governos socialistas, em especial Cuba, nas relações Igreja Católica-Estado.
Autor de 53 livros, editados no Brasil e no exterior, estudou jornalismo,
antropologia, filosofia e teologia. Professou
na Ordem Dominicana, em 10 de fevereiro de 1966, em São Paulo.
Frade dominicano e escritor, ganhou em 1982 o
Jabuti, principal prêmio literário do Brasil, concedido pela Câmara Brasileira
do Livro, por seu livro de memórias Batismo de Sangue. No mesmo ano foi eleito
Intelectual do Ano pelos escritores filiados à União Brasileira de Escritores,
que lhe deram o prêmio Juca Pato por sua obra “Fidel e a religião”. Seu livro A
noite em que Jesus
nasceu (Editora Vozes) ganhou o prêmio de “Melhor Obra
Infanto-Juvenil” de 1998, concedido pela Associação Paulista de Críticos
de Arte. Em 2005, o júri da Câmara Brasileira do Livro premiou-o mais uma vez
com o Jabuti, agora na categoria Crônicas e Contos, pela obra “Típicos Tipos –
perfis literários”.
Foi coordenador da ANAMPOS (Articulação Nacional de
Movimentos Populares e Sindicais), participou da fundação da CUT (Central Única
dos Trabalhadores) e da CMP (Central de Movimentos Populares). Prestou
assessoria à Pastoral Operária do ABC (São Paulo), ao Instituto Cidadania (São
Paulo) e às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Foi também consultor do
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).