Lindalia Reis é especialista em Gestão de
Planejamento de Produção Nottingham University (UK), MBE em Responsabilidade
Social e Gestão do Terceiro Setor IE/UFRJ e bacharel em Engenharia de Produção,
UFRJ.
Selecionada pela NASA como líder mundial de empreendedorismo e inovação no
Singularity University em 2010, foi responsável pelo Programa de Inovação I9
Rede Globo e conquistou o Prêmio Internacional de Inovação do IBC Awards 2012.
Com mais de 25 anos de experiência nas áreas de planejamento estratégico,
gestão, marketing e novos negócios em empresas como Dataprev, Shell, Michelin,
Spoleto, Hospital Copa D’Or, Unibanco, Oi, TIM e Casa Shopping e como
empreendedora desenvolveu a rede de restaurantes Yaki, a consultoria Ions
Innovation e fundou o ICES (Instituto Comércio Ético e Solidário).
Atual Diretora de Inovação da Universidade Estácio desde março de 2013, membro
do Comitê Estratégico Future Zone do Festival de Cinema do Rio, do Comitê de
Diretoria SET (Sociedade Engenharia de TV), do Comitê de Inovação em Serviços
da ANPEI (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas
Inovadoras), membro do CONJOVE (Conselho de Jovens Empreendedores da ACRJ),
mentora do Startup Weekend e indicada como TED Fellow.
Ecossistema de startups no Brasil: como surfar essa onda crescente?
“ A inovação disruptiva cria um novo mercado, aplicando um conjunto diferente de valores que de alguma forma afetará os mercados existentes. O desafio é prever quando uma inovação disruptiva irá afetar o seu mercado consumidor. As empresas, universidades, investidores devem estar sempre atentas e unidas na captura de oportunidades de incentivos a esse jovens empreendedores startups.
Por exemplo, a indústria de computadores sofreu várias ondas de inovação disruptiva. A primeira foi a substituição dos mainframes por minicomputadores. A segunda onda, a substituição dos minicomputadores por computadores pessoais. A terceira onda está começando com os tablets. Os sistemas operacionais também estão provocando novas perturbações no mercado. As tecnologias de virtualização e computação em nuvem (Cloud Computing) estão provocando mudanças em vários processos, permitindo que várias aplicações somente disponíveis para grandes empresas possam ser utilizadas por pequenas e médias empresas.
E qual cenário das “Startups Made in Brazil”? Em 2013, das 34 empresas “aceleradas” pela 500 Start UPs, incubadora que chega a investir US$ 15 milhões em novos empreendedores, duas são brasileiras: Rota dos Concursos e a Conta Azul. Outra start up de sucesso selecionado ano passado foi a Qual canal do empreendedor Andre Terra, que com apoio de outras empresas do segmento de comunicação, onde conseguiu aprimorar ainda mais seu produto e atrair investidores.
Startups nem sempre precisam de apoio – precisam é de receita! De definir um negócio e transformá-lo em uma pequena versão funcional da empresa que querem criar, antes mesmo de pensar em recorrer a capital de risco. A valorização excessiva do capital pelo empreendedor cria uma dependência de um fator externo, e transfere o sucesso do empreendedor para algo que está fora do controle: ser escolhido por um investidor ou receber seu sonhado aporte do Startup Brasil ou ser adotado como parceiro de co-desenvolvimento de empresas já estabelecidas no mercado. Fiquem atentos então a como sua empresa pode capturar, abduzir e investir em co desenvolver soluções inovadoras com essa onda emergente de startups no Brasil.”