Acumula mais de 20 anos trabalhando na TV Globo. Antes, passou pelos jornais A Tribuna, O Estado de S. Paulo e pelo Departamendo de Comunicação da Confederação Nacional das Indústrias. É considerado um dos primeiros âncoras do jornalismo brasileiro

Carlos Américo Aguiar Monforte nasceu em 3 de julho de 1949, em Santos (SP). Formou-se em jornalismo pela Universidade Católica de Santos (UniSantos/SP), em 1972. Fez dois cursos de aperfeiçoamento no exterior: um na Universidade de Navarra, na Espanha, em 1973, e outro na Fundação Beauve Marie, na França, entre 1975 e 1976.

Sua carreira começou antes mesmo de concluir o curso de jornalismo, no jornal A Tribuna (SP), onde foi repórter nas sucursais de São Vicente e Cubatão. Foi compondo uma equipe d’A Tribuna que venceu o Prêmio Esso de Imprensa Regional 1973, com a matéria A invasão do continente. Em 1973, foi para O Estado de S. Paulo (SP), onde atuou como repórter especial e ficou até 1978, quando foi para a TV Globo (SP), atendendo a convite dos jornalistas Luiz Fernando Mercadante, Dante Matiussi e Oswaldo Martins Filho.

Na Globo, começou como repórter local, fazendo matérias para o Jornalismo Eletrônico e, depois, para o Jornal Nacional e o Fantástico. Em 1982, assumiu a editoria de Política do Jornal da Globo, além de editar e apresentar o Bom Dia São Paulo. Em 1983, Monforte foi para Brasília, onde inaugurou o Bom Dia Brasil, primeiro telejornal da manhã a nível nacional, do qual esteve à frente por nove anos.

Em 1989, participou do programa Palanque Eletrônico, que reuniu os então candidatos à Presidência da República. Em 1992, deixou a TV Globo para montar o Departamento de Comunicação da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), onde permaneceu por dois anos.

Retornou à Globo em 1994, como repórter especial do Jornal da Globo em Brasília, ficando no cargo até 1996. Começou a trabalhar na equipe brasiliense do programa Espaço Aberto, da Globo News (RJ), em 1998. No fim de 2000, assumiu o cargo de coordenador e apresentador da Globo News no Distrito Federal, onde apresenta o Jornal das Dez, principal noticiário do canal.

Em outubro de 2011, deixou a função de âncora da Globo News em Brasília e passou a ser comentarista de Politica Externa da emissora.

RESUMO DA CARREIRA DE MONFORTE  NA REDE GLOBO ONDE PERMANECE ATÉ  O MOMENTO

Carlos Monforte foi editor de política do Jornal da Globo, editor e apresentador do Bom Dia São Paulo e o primeiro editor-chefe e apresentador do Bom Dia Brasil. Em 2000, assumiu o cargo de coordenador e apresentador da GloboNews em Brasília.

 “Foi um susto. Eu confesso que tive de passar dois anos para aprender televisão”, conta Carlos Monforte, um dos primeiros âncoras do telejornalismo brasileiro, ao recordar sua entrada na Globo, em 1978. Com a experiência de nove anos trabalhando na redação do jornal O Estado de S. Paulo, iniciou sua carreira na emissora utilizando uma novidade na época, as Unidades Móveis. “Era o começo do link, de matérias ao vivo.” Com o equipamento, o jornalista saía para fazer três, quatro matérias por dia nas ruas de São Paulo. Aprendeu assim.
 
Carlos Américo Aguiar Monforte nasceu em Santos, São Paulo, no dia 3 de julho de 1949. É filho do funcionário público Américo Monforte e da dona de casa Elizabeth Monforte. Estudou jornalismo na Faculdade de Comunicação de Santos e, antes mesmo de concluir o curso, começou a trabalhar como repórter no jornal A Tribuna. Formou-se em 1972 e, em seguida, tornou-se assessor de comunicação da Secretaria de Obras do Estado de São Paulo.
 
Entre 1973 e 1978, trabalhou como repórter especial de O Estado de S. Paulo. Nesse período, fez dois cursos de aperfeiçoamento no exterior: na Universidade de Navarra, na Espanha, em 1973; e na Fundação Beauve Marie, na França, entre 1975 e 1976.

Carlos Monforte começou a trabalhar na Globo em 1978, convidado pelos jornalistasLuiz Fernando Mercadante, Dante Matiussi e Oswaldo Martins Filho, da redação da emissora em São Paulo. Foi contratado como repórter local, fazendo matérias para o Jornalismo Eletrônico e, logo depois, para o Jornal Nacional e para o Fantástico. Na época, participou de coberturas importantes, como a das greves de metalúrgicos no ABC paulista.
 
Em 1982, assumiu a editoria de Política do Jornal da Globo. No mesmo ano, tornou-se editor e apresentador do Bom Dia São Paulo: “Dante Matiussi [chefe da redação de São Paulo] resolveu fazer o
Bom Dia São Paulo com um âncora, alguém que fosse o editor-chefe e comandasse o jornal, com entrevistas. Passei um ano e pouco fazendo o jornal ao vivo, com entrevistas, com notícias, com links. Na Copa de 1982, por exemplo, recebíamos coisas do Juarez Soares, lá da Espanha, e conversávamos com ele”.

 Com a criação do Bom Dia Brasil, em janeiro de 1983, Carlos Monforte assumiu o cargo de editor-chefe e apresentador do programa. A proposta inicial era tratar essencialmente de fatos políticos e econômicos. O telejornal chegou a realizar, no primeiro ano, cerca de 700 entrevistas com empresários e políticos, como João Baptista Figueiredo, Delfim Netto, Mário Andreazza e Ulysses Guimarães. Esteve à frente do Bom Dia Brasil por nove anos.
 
Considerado um dos primeiros âncoras do jornalismo brasileiro, Carlos Monforte faz uma distinção entre a função que desempenhou e a dos âncoras norte-americanos: “Âncora é uma expressão que nasceu nos Estados Unidos: anchor-man. Mas o âncora americano é o que apresenta o jornal, simplesmente. Ele não dá um palpite, não dá uma opinião, simplesmente apresenta o jornal. No Brasil, o âncora é o editor-chefe: ele comanda, diz o que entra no jornal, qual será a sequência dos blocos.”
 
No final da década de 1980, participou do programa Palanque Eletrônico, que reuniu os candidatos à Presidência da República nas eleições de 1989. Ao lado de Joelmir Beting, Lillian Witte Fibe, Alexandre Garcia e outros convidados, entrevistou os candidatos sobre as principais propostas para o futuro governo.
 
Carlos Monforte deixou a Globo em 1992, para montar o departamento de comunicação da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), no qual permaneceu por dois anos. Em seguida, de volta à emissora, passou a trabalhar como repórter especial do Jornal da Globo
 em Brasília.
 
Em setembro de 1994, foi envolvido num episódio polêmico. O então ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, enquanto aguardava o início de uma entrevista com o jornalista no estúdio da Globo, afirmou que usava os indicadores econômicos positivos do Governo Federal em favor de Fernando Henrique Cardoso, candidato à Presidência pelo PSDB (Partido da

Social Democracia Brasileira). O comentário, proferido em tom informal, foi captado acidentalmente por antenas parabólicas que estavam na mesma frequência do sinal emitido pela Embratel. O caso foi entendido como uma confissão de uso abusivo da máquina administrativa e acabou levando à demissão de Ricupero.
 

Carlos Monforte foi repórter do Jornal da Globo até 1996, quando voltou a participar do Bom Dia Brasil, como âncora em Brasília. Em abril de 1997, realizou uma entrevista, exibida pelo Jornal Nacional, com o então presidente Fernando Henrique Cardoso, tratando do Movimento dos Sem-Terra. Em agosto do mesmo ano, também para o JN, produziu uma série de reportagens intitulada Custo Brasil, participando, ainda, da cobertura da CPI do narcotráfico e da condenação do então deputado federal Hildebrando Pascoal, em 1999.
 
Carlos Monforte começou a trabalhar no programa Espaço Aberto, da GloboNews, em 1998. Comandou entrevistas com personalidades importantes na vida política do país, discutindo questões como Segurança Pública, Reforma Tributária e Política, Lei de Responsabilidade Fiscal e as queimadas na Amazônia. 
 
Chegou a trabalhar novamente no
Jornal da Globo em 1999 e, logo depois, foi para o Jornal Hoje. No final de 2000, assumiu o cargo de coordenador da GloboNews em Brasília. É apresentador do Jornal da Dez da capital federal e participa de outros programas, como Espaço Aberto, GloboNews Política e Fatos e Versões.

O jornalista não esconde o gosto pelo trabalho no primeiro canal de notícias da TV brasileira: “É muito agradável. Porque é um jornalismo on-line, uma coisa viva, um jornalismo que não inventa. Você cobre o fato, dá aquilo que está acontecendo, e isso é muito gratificante, você vê aquele trabalho indo para o ar imediatamente, com a notícia que está acontecendo.”