Cronista, compositor, bandolinista e pesquisador de choro, é considerado, com sua Agência Dinheiro Vivo, um precursor do Jornalismo de Economia. Em 2015 completou 30 anos a ideia que deu certo como programa e que se desdobrou em agência de notícias e diversas outras ações. Acumula as tarefas de editorialista e comentarista de política e economia do jornal CGN, colunista do portal iG, além de ancorar o programa ‘Brasilianas’ na TV Brasil, rede que faz parte da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Nascido em 24 de maio de 1950, em Poços de Caldas (MG), Luís Nassif teve sua primeira experiência jornalística aos 13 anos, editando o jornal do Grupo Gente Nova na cidade. Aos 15, fez estágio no Diário de Poços, durante o período de férias escolares.

Depois de se formar no segundo grau, em 1969, em São João da Boa Vista (SP), passou no vestibular para a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP/SP) e começou a trabalhar profissionalmente em 1º de setembro de 1970, como estagiário da revista Veja. Foi efetivado no início de janeiro de 1971. Em 1974, tornou-se repórter de Economia da revista. No ano seguinte, ficou responsável pelo caderno de Finanças.

Em 1979, transferiu-se para o Jornal da Tarde, como pauteiro e chefe de Reportagem de Economia. Lá criou a seção Seu Dinheiro, primeira experiência de economia pessoal da imprensa brasileira, e o caderno Jornal do Carro. Em 1983, mudou-se para a Folha de S.Paulo, onde criou a seção Dinheiro Vivo e participou do projeto de criação do Datafolha.

No início dos anos 1980, organizou, com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional São Paulo, um seminário com todas as subseções da OAB, que resultou na primeira grande campanha pelos Direitos do Consumidor, a dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. Nessa mesma década, foi um dos apresentadores do programa São Paulo na TV, ao lado de Paulo Markun e Sílvia Poppovic, umas das primeiras experiências de produção independente na tevê aberta brasileira. Produzido pela Editora Abril, era veiculado pela TV Gazeta de São Paulo.

Criou em 1985 o programa Dinheiro Vivo, na TV Gazeta, e a partir dele fundou, em 1987, a Agência Dinheiro Vivo, que desde então veicula na internet informações de Economia e Negócios. Foi comentarista de Economia da Rede Bandeirantes de Televisão e da TV Cultura de São Paulo. Também atuou no rádio, como um dos apresentadores do Jornal Gente, na Bandeirantes de São Paulo, ao lado de José Paulo de Andrade e Salomão Ésper.

Em 1987 saiu da Folha, retornando em 1991 como colunista de Economia, função que exerceu até 2006. Desde 2005 mantém o Blog do Nassif, em que escreve sobre os mais variados assuntos, incluindo críticas à própria imprensa.

Entre seus vários livros estão Menino do São Benedito e outras crônicas (Senac, 2001), com 126 crônicas de reminiscências e impressões pessoais sobre diversos temas; O jornalismo dos anos 90 (Futura, 2003), em que analisa a cobertura da imprensa em diversos episódios como o impeachment de Fernando Collor, os casos da Escola de Base e do Bar Bodega; e Os Cabeças-de-Planilha (Ediouro, 2007), sobre a economia nos governos de Fernando Henrique Cardoso, traçando um paralelo entre a Política do Encilhamento, de Rui Barbosa, e o Plano Real, com Pedro Malan e Gustavo Franco.

Iniciou também em 2007 uma série de artigos sobre os bastidores da revista Veja (A catarse e a mídia), nos quais critica o jornalismo praticado pela publicação nos últimos anos.

Introdutor do jornalismo de serviços e do jornalismo eletrônico no País, comanda o Portal Luís Nassif, construindo conhecimento e o blog Luís Nassif Online. Venceu, em eleição popular, o Prêmio iBest de Melhor Blog de Política, realizado pela Academia iBest.

Lançou o CD Roda de Choro (RGE, 1995), solando bandolim, acompanhado pelo grupo Nosso Choro. O trabalho foi semifinalista do Prêmio Sharp de Música Instrumental daquele ano.

Nassif foi escolhido como finalistas do Prêmio Comunique-se em 2012 na categoria de Blog e Tecnologia. Ele dividiu a indicação com os blogs Ancelmo.com e Juca Kfouri.

Em abril de 2013 lançou uma iniciativa independente da sua Agência Dinheiro Vivo, o piloto do GGN, projeto jornalístico que pretende trabalhar temas relevantes pouco abordados pela mídia, como gestão, inovação, direitos sociais, justiça de transição etc., além da cobertura comentada das notícias do dia. Disse ele na época: “Estamos juntando um conjunto de organizações, instituições, especialistas e grupos de discussão que tratam desses temas para tentar construir e aprofundar o chamado modelo de jornalismo colaborativo. E também para fugir da dicotomia esquerda-direita que tem caracterizado o jornalismo online. Vamos começar em marcha lenta até pegar a embocadura”.

No mesmo ano, em outubro, fechou parceria de conteúdo do seu jornal colaborativo GGN com iG, retornando ao portal onde por cinco anos hospedou o seu Blog do Nassif. Começou a publicar no iG uma coluna com análises políticas e econômicas de temas apresentados e discutidos no GGN.

Completou 30 anos em 2015 o programa Dinheiro Vivo, ideia que deu certo e que se desdobrou em diversas outras ações. A estas acumula em seu dia a dia as tarefas de editorialista e comentarista de política e economia do jornal CGN, colunista do iG, além de ser o âncora do programa Brasilianas na TV Brasil, rede que faz parte da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC).

Nesse programa Nassif aborda assuntos das áreas de economia e política, como na entrevista exclusiva com o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, em setembro de 2015, ou homenageia Lucio Yanel, grande intérprete e compositor da música regional sulista. O tema de abertura do programa, com a suíte Retratos de 4 Movimentos, de Radames Gnatalli, interpretado por Acariocamerata, já dá o tom do aprofundamento e do enriquecimento da discussão em pauta. No ar às 2as.feiras, às 20h, com reapresentação às 3as, à 0h30, o programa também está na internet.

Em outubro de 2015 Luís Nassif é presença confirmada no Encontro de Tiradentes, (MG), em Mesa Política que reunirá também Zuenir Ventura (O Globo), Marcelo Beraba (O Estado de S.Paulo – Rio de Janeiro) e Daniela Arbex (Jornalista Investigativa) que será mediadora do debate. O evento, apoiado por este Portal dos Jornalistas, tem a curadoria de Audálio Dantas e apoio da Prefeitura de Tiradentes.