Rosely Sayão, psicóloga e consultora educacional, tem mais de 30 anos de experiência em clínica, supervisão e docência. Foi colunista dos jornais Folha de S.Paulo (caderno Folhateen) e Notícias Populares e, desde 2000, escreve para o caderno Equilíbrio, também da Folha. Autora dos livros ‘Sexo: Prazer em Conhecê-lo’ (Artes e Ofícios, 1995) e ‘Sexo é Sexo’ (Companhia das Letras, 1997), Rosely Sayão presta consultoria em empresas e escolas, dissertando sobre cidadania e sobre educação de crianças e de adolescentes.
Definição de Rosely por ela mesma
Nasci em São Paulo, em 1950. Cursei o primário em grupo escolar, fiz cursinho e exame de admissão para entrar no ginásio, depois fiz o curso científico, sempre em escola pública. Repeti o primeiro ano do segundo grau com louvor e distinção.
Nem sei bem ao certo porque escolhi fazer psicologia já que, na época, não era um curso muito conhecido. Prestei vestibular na PUC de Campinas e lá fiquei por cinco anos, o tempo de duração do curso. Durante esse período trabalhei como vendedora em livraria, substitui professores em aulas de matemática para o ginásio em escolas particulares – adoro matemática – e trabalhei na faculdade em troca do valor da mensalidade. Tive vontade, muitas vezes, de deixar o curso porque odiava pegar em ratos e boa parte do trabalho era experimental, mas, persisti. Quando me formei passei a trabalhar como professora de colegial, depois passei ao curso de terceiro grau. Fiz carreira acadêmica e, após 12 anos, desisti dela. Ao lado do trabalho em educação, dediquei-me também ao trabalho clínico.
Casei-me logo após me formar e tive dois filhos: uma menina que nasceu em 1975 e um menino, nascido em 1978. Separei-me quando o divórcio chegou, no início dos anos 80. Pensei que o fato de estudar educação e ser psicóloga me ajudaria no ofício de mãe. Qual o quê! A educadora e psicóloga só me tomavam depois que as crianças estavam dormindo e, assim, só me permitia que eu soubesse tudo de errado que havia feito durante o dia, como qualquer mãe. Mas, tanto eles quanto eu conseguimos superar muitos de meus enganos e equívocos e, assim, eles se tornaram pessoas de bem. Tenho o maior orgulho de meus filhos; foi na relação com eles que aprendi a ser mãe e os ensinei a serem filhos.
Meu trabalho de escrita pública começou no jornal Notícias Populares, em 1989. Lá, escrevi diariamente uma coluna de orientação sexual, chamada “Tudo sobre Sexo” até que o jornal deixou de sair. Em 1993 passei a escrever também a coluna “Sexo” no caderno semanal Folhateen. Por causa disso, muita gente pensa que sou sexóloga ou especialista em sexualidade. Mas não sou. A sexualidade funcionou como um bom pretexto para eu conversar com os leitores a respeito da vida.
Publiquei vários livros, alguns em parceria com um grande amigo e companheiro de idéias a respeito da educação, o Julio Groppa Aquino. Hoje, escrevo semanalmente no caderno Equilíbrio, da Folha de S.Paulo, a coluna “SOS Família”. Dou assessoria a algumas escolas, sou chamada para fazer palestras para pais e professores, sou colunista da Band News FM, faço, com a Lillian, o programa “Momento Família” no UOL News e me reúno mensalmente com grupos de pais para refletir a respeito da educação familiar.
Adoro cozinhar e comer. Como neta de italianos e árabes, foi na cozinha e em torno da mesa que aprendi a me relacionar com a família. Como sempre chamei meus filhos para cozinhar comigo, desde que eles eram pequenos, eles também curtem muito e hoje que eles são adultos, ainda é na cozinha que atualizamos nossas relações.
Tenho muita preguiça de sair, mas, de vez em quando, faço algum esforço. Adoro cinema em casa, música, ler e escrever, o que me dá bastante trabalho, por sinal. Sou consumidora voraz de utilidades e inutilidades domésticas, principalmente as de cozinha. Atualmente, estabeleci um desafio em minha vida: aprender a tocar piano. Devagar, vou indo.
Tenho poucos, mas excelentes amigos. Socialmente, sou bastante tímida. Sou do signo de áries, e os que compartilham da minha intimidade dizem que isso é fogo.